terça-feira, 13 de abril de 2010

CDBs

Sigla para Certificados de Depósito Bancário. Como vimos antes, quando compramos títulos públicos, estamos emprestando ao governo, já quando compramos CDBs, estamos emprestando ao banco.

Mas e o banco precisa de dinheiro... Quando temos dinheiro na conta corrente o banco é obrigado a repassar isso para o banco central, ele não pode usar esse dinheiro. Já quando recebe recursos do CDB ele pode alocar da maneira que desejar.

Essa opção, provavelmente, vai ser a primeira coisa que seu gerente vai te oferecer como renda fixa, não porque ele quer te ajudar, mas porque ele quer o seu dinheiro para emprestar para outros clientes. Você recebe coisa de 7% ao ano e o banco empresta a 150% a.a. para quem usa o cheque especial ou a 40% para a empresa que desconta uma duplicata. As agencias tem metas para cumprir eles precisam desse dinheiro para gerar lucro.

Falando assim parece que me filiei ao PCdoB e quero acabar com os bancos, mas não, é o negócio deles. E nós temos que saber disso e usar a nosso favor. Quando for fazer um CDB, negocie. Quanto maior o valor maior o seu poder de negociação.

O CDB normalmente é referenciado no CDI (Certificado de Deposito Interbancário), uma espécie de taxa de juros entre os bancos, mas é muito próxima da SELIC. Enfim, é uma taxa que o banco consegue sem fazer força. Para pequenas aplicações, os bancos costumam pagar cerca de 80% do CDI, para aplicações maiores que R$ 100.000,00, coisa de 95% do CDI, para aplicações de R$ 1.000.000,00 vai a 99%. Mas tudo é negociável. Uma vez li que a Caixa tinha aceitado pagar 125% do CDI para uma quantia grande de uma empresa. Claro que isso não esta em uma tabela, e deve ter sido uma negociação dura.

Assim como os títulos públicos os CDBs também podem ser pré ou pós-fixados, tem data de vencimento, pagam IOF e IR. Procure por CDBs mais longos, tipo de 5 anos para se beneficiar do IR, que só é cobrado no vencimento. Para o CDB, aplicações acima de 30 dias já valem a pena, com a vantagem de poder fazer o resgate a qualquer momento.

Nos títulos públicos o risco é muito baixo, a não ser que tenhamos um governante meio ”tantan” das idéias. Já esse empréstimo para o banco não é totalmente isento de risco. Se o Banco quebrar, como já vimos acontecer algumas vezes, o FGC garante até R$60.000,00 por CPF, para valores maiores... dançou. Por esse motivo é comum encontrar bancos menores oferecendo boas taxas nos CDBs, então cuidado!

Abraços

Claudio

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