quinta-feira, 24 de junho de 2010

Bom, a coisa anda meio parada aqui. Estou com 2 projetos grandes na empresa e o tempo se foi. Mas o este projeto não esta parado. Tenho muitas coisas em mente, anotações e livros para organizar e comentar aqui.

Como tinha dito o propósito é ter um blog para referencias e estudo, e o formato para colocar as operações que faço já esta montado, mas não quero fazer isso antes de passar pelo básico, gostaria de ter certa ordem cronológica no blog.

Espero que vocês não estejam muito ansiosos, porque ansiedade não combina com bolsa de valores, hehe...

Abraços

Claudio

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Livro – Investimentos Inteligentes

Autor: Gustavo Cerbasi

Nível: Básico

Avaliação: 5 estrelas

Comentário: É um livro bem atual, escrito para o mercado brasileiro (o que não acontece com a maioria da literatura disponível). O livro esta dividido em 2 partes. Na primeira o autor usa de vários argumentos para nos convencer a poupar, e a segunda parte tem um apanhado geral dos diferentes tipos de investimentos existentes no Brasil. Indico para quem não consegue guardar dinheiro ou para aqueles que poupam, mas não sabem bem o que fazer com esse dinheiro.

Se você já leu esse livro não deixe de comentar, para termos outras opiniões.


Abraços

Claudio

Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI)

Estes títulos são similares aos CDBs, tem vencimento, pode ser pós ou pré-fixado, e seu desempenho é atrelado ao CDI ou SELIC. Os recursos obtidos com estes títulos pelos bancos têm que ser usados para financiamentos imobiliários.

Por esse motivo, estes títulos são isentos de imposto de renda. Para longo prazo isso se torna muito interessante. Aqui também vale a lei da oferta e procura, quando um banco precisa de recursos para estes financiamentos ele oferece boas taxas para que clientes do CDB migrem para estes títulos, já quando não precisam a rentabilidade é cuidadosamente calculada para que fique um pouco abaixo do CDB, descontando os impostos.

As LHs são usadas pelos bancos para emprestar dinheiro a alguém que esteja disposto a colocar um imóvel como garantia. Com as LCIs, os bancos pagam a vista pelo imóvel e recebe parcelado do cliente.

Estes títulos costumam ter valores altos, cerca de R$ 60.000,00, impedindo os pequenos investidores de entrar.

Abraços,

Claudio

Debêntures

São títulos emitidos pelas empresas para captar recursos com juros mais baixos que os oferecidos pelos bancos. A empresa precisa ter credibilidade no mercado para que consiga vender estes títulos, já que o investidor estará correndo o risco de não receber seu capital de volta se acontecer alguma coisa com a empresa.

Assim como no CDB, estes títulos podem ser pré ou pós-fixados, e tem vencimento. Quando o prazo é inferior a 1 ano, esse tipo de título é conhecido como “Nota promissória”.

A grande vantagem dessa modalidade de investimento, é que além dos juros, que são mais altos que os oferecidos no mercado, algumas empresas oferecem a conversão em ações, o que muitas vezes resultam em uma valorização maior do papel.

A negociação é feita através das corretoras e bancos, e através do mercado de balcão os títulos também podem ser transferidos para outras pessoas antes do vencimento. Como essa negociação só acontece se tiver um comprador, os papéis de grandes empresas se tornam mais líquidos.

Esses títulos normalmente têm valores altos e não são para os pequenos investidores. Mas para quem pode dispor de mais que R$ 80.000,00 para essa alternativa, além de esperar até o vencimento (normalmente entre 2 a 3 anos). Eu aconselho como uma forma de diversificação em renda fixa.

Abraços

Claudio

terça-feira, 13 de abril de 2010

CDBs

Sigla para Certificados de Depósito Bancário. Como vimos antes, quando compramos títulos públicos, estamos emprestando ao governo, já quando compramos CDBs, estamos emprestando ao banco.

Mas e o banco precisa de dinheiro... Quando temos dinheiro na conta corrente o banco é obrigado a repassar isso para o banco central, ele não pode usar esse dinheiro. Já quando recebe recursos do CDB ele pode alocar da maneira que desejar.

Essa opção, provavelmente, vai ser a primeira coisa que seu gerente vai te oferecer como renda fixa, não porque ele quer te ajudar, mas porque ele quer o seu dinheiro para emprestar para outros clientes. Você recebe coisa de 7% ao ano e o banco empresta a 150% a.a. para quem usa o cheque especial ou a 40% para a empresa que desconta uma duplicata. As agencias tem metas para cumprir eles precisam desse dinheiro para gerar lucro.

Falando assim parece que me filiei ao PCdoB e quero acabar com os bancos, mas não, é o negócio deles. E nós temos que saber disso e usar a nosso favor. Quando for fazer um CDB, negocie. Quanto maior o valor maior o seu poder de negociação.

O CDB normalmente é referenciado no CDI (Certificado de Deposito Interbancário), uma espécie de taxa de juros entre os bancos, mas é muito próxima da SELIC. Enfim, é uma taxa que o banco consegue sem fazer força. Para pequenas aplicações, os bancos costumam pagar cerca de 80% do CDI, para aplicações maiores que R$ 100.000,00, coisa de 95% do CDI, para aplicações de R$ 1.000.000,00 vai a 99%. Mas tudo é negociável. Uma vez li que a Caixa tinha aceitado pagar 125% do CDI para uma quantia grande de uma empresa. Claro que isso não esta em uma tabela, e deve ter sido uma negociação dura.

Assim como os títulos públicos os CDBs também podem ser pré ou pós-fixados, tem data de vencimento, pagam IOF e IR. Procure por CDBs mais longos, tipo de 5 anos para se beneficiar do IR, que só é cobrado no vencimento. Para o CDB, aplicações acima de 30 dias já valem a pena, com a vantagem de poder fazer o resgate a qualquer momento.

Nos títulos públicos o risco é muito baixo, a não ser que tenhamos um governante meio ”tantan” das idéias. Já esse empréstimo para o banco não é totalmente isento de risco. Se o Banco quebrar, como já vimos acontecer algumas vezes, o FGC garante até R$60.000,00 por CPF, para valores maiores... dançou. Por esse motivo é comum encontrar bancos menores oferecendo boas taxas nos CDBs, então cuidado!

Abraços

Claudio

Títulos Públicos

Ao emitir estes títulos, o governo esta contraindo uma dívida com quem os compra. Estes títulos normalmente são comprados pelos bancos ou fundos. Ou seja, quando você aplica seu dinheiro em um fundo de renda fixa, o banco compra títulos públicos, recebe juros do governo e te repassa isso cobrando uma taxa de administração (numa visão bem simplista da coisa).

No entanto um programa do ministério da fazenda criou o Tesouro Direto, permitindo que pessoas físicas possam comprar os títulos, ou mesmo frações deles (1/5). Isso permite que mesmo o pequeno investidor compre diretamente estes títulos sem precisar de um banco para intermediar a transação e ganhar em cima disso. Claro que os bancos não vão ajudar a divulgar isso!

Para comprar estes títulos você vai precisar de uma conta em uma corretora. Na compra do título você vai pagar ao Tesouro Direto 0,4% sobre o valor investido, a título de taxa de custódia, que depois será cobrada anualmente. Alem dessa taxa, a corretora também vai te cobrar outra taxa anual de custódia para ela. Verifique isso antes de abrir a conta na corretora, pois a variação é grande e pode inviabilizar a opção. A Banif, por exemplo, não cobra essa taxa, já as corretoras de bancos como a do Itaú cobra uma taxa de 4% ao ano. Neste link vc pode consultar todas as corretoras: www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/download/ranking/ranking_taxas.pdf

Todo título tem uma data de vencimento, neste dia os recursos aplicados serão depositados em sua conta da corretora e cabe a você reaplicá-los. Mas os prazos geralmente são longos e não precisa ficar olhando sempre para isso. Os títulos podem ser vendidos antes da data de vencimento, mas as recompras feitas pelo tesouro são sempre as quartas-feiras.

Outra vantagem esta na forma de cobrança do IR. Pelos títulos terem prazos longos e esse imposto ser cobrado apenas no vencimento (ou resgate), teremos a rentabilidade esse imposto também, o que não ocorrem nos fundos, onde existe o “come-cotas”, ou no CDB, onde os vencimentos não tem prazos tão longos.

Por estas características, não recomendo esse tipo de aplicação para prazos menores que um ano.

Tipos de títulos a disposição:

LTN

São títulos pré-fixados, e a rentabilidade é definida no momento da compra. Isso significa que se a taxa de juros da economia subir você perde e se ela cair você ganha. Cuidado que estas variações na taxa de juros influenciam diretamente os valores dos títulos, podendo apresentar rentabilidades negativas, mesmo se tratando de renda fixa.

LFT

Título pós-fixado, que acompanha a taxa básica de juros (SELIC).

NTN-B

A rentabilidade é calculada pelo IPC-A (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo) mais uma taxa pré-estabelecida no momento da compra. Esse título para juros semestralmente. A idéia de quem compra esse papel é se proteger da inflação, e usar os juros antes do vencimento, como uma renda, por exemplo.

NTN-C

Tem as mesmas características do anterior, mas é reajustado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). Esse índice é mais volátil e é mais usado no mercado para reajustes, como o de aluguéis.

NTN-C Principal

É igual ao anterior, mas não paga juros semestralmente.

NTN-F

É igual a LTN, mas paga juros semestralmente.

Me estendi um pouco no assunto, pois considero essa uma excelente opção de investimento em renda fixa de longo prazo. Para maiores informações, procure sua corretora, ou o site do Tesouro Direto: www.tesouro.fazenda.gov.br . Se ficou alguma dúvida ou faltou alguma coisa mande um comentário.

Abraços

Claudio

Caderneta de Poupança

É o tipo de investimento mais popular no Brasil, é muito simples, de baixo risco e seus recursos estão voltados ao financiamento imobiliário. É indicado para quem esta iniciando suas economias e tem poucos recursos.

Suas regras são padronizadas e todos os bancos trabalham da mesma forma:

- Rendimento fixo de TR (taxa referencial) + 0,5% ao mês

- A remuneração é feita a cada mês, na data de aniversário. Se os recursos forem retirados antes dessa data, não serão remunerados

- Não é cobrado IR (Imposto de renda) nem IOF (Imposto sobre operação financeira)

- Não possui aplicação inicial mínima

- Os recursos até R$60.000,00 por CPF são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito)

Abraços

Claudio

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mercado Financeiro

Toda vez que recebemos um determinado capital temos basicamente 2 opções: consumir ou poupar.

O mercado de consumo é muito conhecido por todos nós. Sempre que compramos o pãozinho na padaria, uma roupa, um carro, ou mesmo uma casa, estamos fazendo escolhas de consumo. As empresas se organizam para poder oferecer produtos que necessitamos e ao pagarmos por eles, geramos receitas para estas empresas, que pagam seus funcionários e fornecedores, que por sua vez também fazem suas escolhas do que fazer com o seu capital.

Já o mercado financeiro é formado quando decidimos poupar parte desse capital. E o que fazer com esse dinheiro? Vamos consumir também, mas vamos consumir produtos financeiros, como Fundos, títulos, ações, etc., e em vez de gerar receita para as empresas, vamos receber capital em forma de juros, dividendos, etc. e estas empresas vão usar esses recursos para produzir mais bens de consumo, interligando estes 2 mercados.

Da mesma forma que procuramos nos informar antes de comprar um produto de consumo, temos que nos informar antes de investir no mercado financeiro. Se temos R$ 40.000,00 e vamos comprar um carro, por exemplo, vamos ler revistas, visitar sites, falam com os amigos, pesquisam os classificados para então tomar a decisão do que comprar. Agora se temos o mesmo valor para guardar, porque simplesmente vamos colocar na "caderneta de poupança"? Será que não tínhamos que procurar por opções de produtos assim como procuramos na hora de comprar um bem?

Os brasileiros não tem a cultura de poupar, e a maioria não conhece as alternativas que tem. Vou tentar nos próximos posts falar rapidamente destas alternativas para então entrarmos mais a fundo na Bolsa de valores.

Abraços,

Claudio

sábado, 10 de abril de 2010

Categorias para o Blog

Como um dos propósitos desse blog é organizar as informações que tenho, vou tentar organizar elas em categorias para facilitar o acesso. A princípio vou dividir da seguinte forma:

Blog - assuntos relacionados a esse projeto
Operações - registros das operações realizadas
Aprendizado - assuntos relacionados a livros e cursos na área
Setups - formas de operar no mercado
Analises - minha opinião sobre o mercado
Básico - assuntos diversos para quem esta começando
Avançado - assuntos diversos para quem já opera no mercado

Se alguém tiver uma sugestão também será bem vinda.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Primeiro post

Oi pessoal,

Meu propósito com esse blog é organizar um pouco as informações que já tenho do mercado e ao mesmo tempo disponibiliza-las a vocês. Também vou divulgar minhas operações, erros e acertos no mercado.

Não sou de escrever muito, e sei que muitos de vocês não tem tempo para ficar lendo bobagens, então vou ser rápido e direto.

Assim como sou novo na bolsa, também sou novo como blogeiro, espero que vocês tenham um pouco de paciência até eu pegar o ritmo da coisa.

Abraços

Claudio